quinta-feira, junho 29, 2006

O episódio do Diabo e da Caveira esportistas

Ontem ao postar e ler o comentário de Diego, me lembrei das traquinagens que a gente fazia há uns 4 anos... Só de pensar nessa época eu começo a rir! Deu vontade de relatar uma das mais engraçadas aqui.

Estava eu e meu amigo Diego na casa de Macaxeira (sim! esse é o apelido dele!), sem nada pra fazer, tarde comandada pelo tédio. De repente, não mais que de repente, eu enxergo algo em cima do guarda roupa que me parecia aquelas máscaras de terror bem toscas. E eu estava certo! E na verdade não era uma, mas duas! Belezura total! Era só o que queríamos naquela hora pra espantar a morgação!

Rafael: - Certo, qual será a forma mais divertida de usar essas paradass aqui? Será que monstros curtem fazer cooper por aí? *risos*

Diego: - Não me diga que você ta pensando em ir pra pista do CIEF (é um centro esportivo do bairro)?! *cara de abismado*

Rafael: - Oh yeah, man!

Então vestimos as máscaras e saímos pela rua. Carros buzinavam pra a gente e “acenávamos” com o dedo do meio para eles. Então, finalmente, chegamos na pista de cooper do CIEF.

Diego: - Mas já que vamos fazer merda que seja mais escrota possível. Tira a camisa e levanta esse short!

Rafael: - É pra já!

Agora imaginem o Diabo e a Caveira, sem camisa, short levantado até acima do umbigo, fazendo cooper num lugar cheio de coroas e velhos caminhando ao fim da tarde!

Demos umas voltas e era muito engraçado ver a cara das pessoas e saber que elas tavam pensando naquele momento “que porra é essa?!”! Teve horas que eu quase fiquei sem ar, por estar rindo e correndo ao mesmo tempo, e tinha que parar pra retomar o fôlego.

Mas a gente queria mais! Então resolvemos dar um susto em alguém descaradamente. Então fomos até uma esquina e esperamos alguém se aproximar. Vimos que vinha um grupo de 2 mulheres com uma turba de pirralhos. Quando veio a cabeça a imagem daquele monte de pestinhas correndo cada um pra um lado apavoradas e gritando “mamãeeeee!” caímos no riso! Respiramos fundo e esperamos até que a sombra deles aparecesse e fosse a nossa deixa.

Rafael: - Isso vai dar em merda!

Diego: - Só presta assim!

Rafael: - Se liga, lá vem eles... No três... Um, dois, TRÊS!

E saímos correndo como se estivéssemos fazendo cooper normalmente.

Foi um desespero total! Crianças correndo, a mulher começou a gritar “Ave Maria! Jesus! Me salve!”, depois deu pra perceber o choro de uma criança e uma das mulheres descarregando seu vocabulário de palavrões!

Com a sensação de trabalho feito, voltamos pra esquina da casa de Macaxeira rindo até doer a barriga.

Rafael: - Essa foi demais!! *gargalhada exagerada*

Diego: - Ahhhhhhhhh! *gargalhada mais exagerada ainda*

Ficamos uns segundos relembrando a cena e recobrando o fôlego. Até que...

Mulher puta da vida #1: - Olha os malditos ali! Vamos atrás deles!!

Mulher puta da vida #2: - Eu chamei a polícia, viu?

Mulher puta da vida #1: - Ela ta grávida! Se ela perder o bebê eu mando matar vocês!

Rafael: - Erhh... Ela disse grávida?! CORRE!

E saímos correndo, com a prova do crime nas mãos, as máscaras! Corremos por meia dúzia de ruas do bairro tentando despistá-las...

Diego: - Ufaa! Acho que conseguimos, podemos voltar agora...

Rafael: Acho que deu pra despistar... Vamos...

Chegamos numa esquina e olhamos para a rua pra ver se “tava limpo”. E lá na frente tivemos a impressão de ver as vítimas da nossa pegadinha.

Diego: - Ah, é melhor irmos por essa rua e não por aquela. Vamos!

E seguimos pela rua crentes que não encontraríamos mais aquelas mulheres nunca mais. Mas no fim da rua tivemos uma surpresa! Elas lá! Fechando a rua e nos ameaçando! Parecia cena de bang bang. De um lado os mascarados, do outros as mulheres num nível de raiva que só mesmo uma mulher pode chegar.

Rafael: - Ihh! Fudeu! E não tem como correr!

Diego: - Fudeu! *glup*

Então as mulheres começaram a gritar, xingar e o mais apavorante, vir pra cima de nós! Tentamos contornar a situação, mas foi inútil, obviamente. O coitado do Diego por ter porte físico menor levou uns tapas de leve, daquelas que precedem um tapão de fazer barulho com eco.

Mas com um vacilo delas conseguimos fugir escutando os grasnos jurando vingança vindo das mulheres.

Voltamos pra casa e não falamos do episódio pra ninguém por um tempo. Tivemos o azar de pegar a mulher grávida, realmente não queríamos que as nossas brincadeiras pusesse em risco ninguém, mas que foi engraçado foi!

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