sexta-feira, junho 30, 2006

Chutando a bunda do ócio

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Escutando: NOFX – Champs Elysées (faz lembrar do próximo adversário do Brasil na Copa)

Vou logo avisando que esse post num será divertido como o anterior... =P

Pô velho, agora eu venho percebendo como eu vivi meus últimos 6 meses. Eu tava muito sedentário. Passava o dia em casa na frente do computador/televisão/livro ou na casa da namorada. Engordei um bocadinho, até tentei fazer regime porque eu odeio quando fico gordo. O meu nível de nerdice nunca tinha chegado à patamares tão elevados. Isso tava me preocupando.

Mas só que com essa mudança toda na minha vida que eu descrevi no primeiro post, fiquei disposto a sair dessa vida engordante (essa palavra existe?) e acomodada. A praça que construíram aqui no bairro, batizada de Praça da Paz, está me ajudando um bocado nisso. É tão arrumadinha, bonita e animada a praça que dá vontade de ir pra lá tomar um arzinho sempre que não tenho nada pra fazer. Tou praticando com o pessoal daqui Parkour, Skate e dando umas corridinhas pela pista de cooper. No último sábado acordei de 7 da matina e fui pra lá encontrar com o pessoal pra fazer alguma coisa! Quando eu em sã consciência teria feito isso no meu período ocioso?! NEVER! Acordava de meio dia, porque ia dormir de 4 ou 5 da madrugada. Passava a tarde sonolento e ficava feito uma coruja acordado a noite.

Certas “responsabilidades” de mudança em relação a certas coisas que eu tinha tomado pra mim também estavam me deixando louco e abandonei essas leseiras. Eu tava trocando o pensamento que eu tinha sobre certas coisas que sempre defendi quando conversava sobre isso por outra forma de pensar que eu era totalmente contrário antes. Num sei como me convenceram disso, mas o pior que conseguiram! Mas agora eu percebi na leseira que caí estou sendo honesto comigo mesmo e com o que eu defendia antes. Isso tá me deixando mais livre, sem peso nas costas.

No último parágrafo eu fui um tanto quanto subjetivo, mas acho que algumas pessoas entenderão.

Minha vida tá como se eu estivesse andando por uma praia ensolarada e o meu chefe do trabalho viesse atrás de mim gritando e pedindo pra eu fazer certa tarefa e eu vou e respondo: - Foda-se!

Pourra, escrevendo esse post eu perdi 2 gols da Itália aqui contra a Ucrânia! E por falar em Copa, adiós hermanitos!! HAHAHA! hehehe... Se fuderam... Bah!
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quinta-feira, junho 29, 2006

O episódio do Diabo e da Caveira esportistas

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Ontem ao postar e ler o comentário de Diego, me lembrei das traquinagens que a gente fazia há uns 4 anos... Só de pensar nessa época eu começo a rir! Deu vontade de relatar uma das mais engraçadas aqui.

Estava eu e meu amigo Diego na casa de Macaxeira (sim! esse é o apelido dele!), sem nada pra fazer, tarde comandada pelo tédio. De repente, não mais que de repente, eu enxergo algo em cima do guarda roupa que me parecia aquelas máscaras de terror bem toscas. E eu estava certo! E na verdade não era uma, mas duas! Belezura total! Era só o que queríamos naquela hora pra espantar a morgação!

Rafael: - Certo, qual será a forma mais divertida de usar essas paradass aqui? Será que monstros curtem fazer cooper por aí? *risos*

Diego: - Não me diga que você ta pensando em ir pra pista do CIEF (é um centro esportivo do bairro)?! *cara de abismado*

Rafael: - Oh yeah, man!

Então vestimos as máscaras e saímos pela rua. Carros buzinavam pra a gente e “acenávamos” com o dedo do meio para eles. Então, finalmente, chegamos na pista de cooper do CIEF.

Diego: - Mas já que vamos fazer merda que seja mais escrota possível. Tira a camisa e levanta esse short!

Rafael: - É pra já!

Agora imaginem o Diabo e a Caveira, sem camisa, short levantado até acima do umbigo, fazendo cooper num lugar cheio de coroas e velhos caminhando ao fim da tarde!

Demos umas voltas e era muito engraçado ver a cara das pessoas e saber que elas tavam pensando naquele momento “que porra é essa?!”! Teve horas que eu quase fiquei sem ar, por estar rindo e correndo ao mesmo tempo, e tinha que parar pra retomar o fôlego.

Mas a gente queria mais! Então resolvemos dar um susto em alguém descaradamente. Então fomos até uma esquina e esperamos alguém se aproximar. Vimos que vinha um grupo de 2 mulheres com uma turba de pirralhos. Quando veio a cabeça a imagem daquele monte de pestinhas correndo cada um pra um lado apavoradas e gritando “mamãeeeee!” caímos no riso! Respiramos fundo e esperamos até que a sombra deles aparecesse e fosse a nossa deixa.

Rafael: - Isso vai dar em merda!

Diego: - Só presta assim!

Rafael: - Se liga, lá vem eles... No três... Um, dois, TRÊS!

E saímos correndo como se estivéssemos fazendo cooper normalmente.

Foi um desespero total! Crianças correndo, a mulher começou a gritar “Ave Maria! Jesus! Me salve!”, depois deu pra perceber o choro de uma criança e uma das mulheres descarregando seu vocabulário de palavrões!

Com a sensação de trabalho feito, voltamos pra esquina da casa de Macaxeira rindo até doer a barriga.

Rafael: - Essa foi demais!! *gargalhada exagerada*

Diego: - Ahhhhhhhhh! *gargalhada mais exagerada ainda*

Ficamos uns segundos relembrando a cena e recobrando o fôlego. Até que...

Mulher puta da vida #1: - Olha os malditos ali! Vamos atrás deles!!

Mulher puta da vida #2: - Eu chamei a polícia, viu?

Mulher puta da vida #1: - Ela ta grávida! Se ela perder o bebê eu mando matar vocês!

Rafael: - Erhh... Ela disse grávida?! CORRE!

E saímos correndo, com a prova do crime nas mãos, as máscaras! Corremos por meia dúzia de ruas do bairro tentando despistá-las...

Diego: - Ufaa! Acho que conseguimos, podemos voltar agora...

Rafael: Acho que deu pra despistar... Vamos...

Chegamos numa esquina e olhamos para a rua pra ver se “tava limpo”. E lá na frente tivemos a impressão de ver as vítimas da nossa pegadinha.

Diego: - Ah, é melhor irmos por essa rua e não por aquela. Vamos!

E seguimos pela rua crentes que não encontraríamos mais aquelas mulheres nunca mais. Mas no fim da rua tivemos uma surpresa! Elas lá! Fechando a rua e nos ameaçando! Parecia cena de bang bang. De um lado os mascarados, do outros as mulheres num nível de raiva que só mesmo uma mulher pode chegar.

Rafael: - Ihh! Fudeu! E não tem como correr!

Diego: - Fudeu! *glup*

Então as mulheres começaram a gritar, xingar e o mais apavorante, vir pra cima de nós! Tentamos contornar a situação, mas foi inútil, obviamente. O coitado do Diego por ter porte físico menor levou uns tapas de leve, daquelas que precedem um tapão de fazer barulho com eco.

Mas com um vacilo delas conseguimos fugir escutando os grasnos jurando vingança vindo das mulheres.

Voltamos pra casa e não falamos do episódio pra ninguém por um tempo. Tivemos o azar de pegar a mulher grávida, realmente não queríamos que as nossas brincadeiras pusesse em risco ninguém, mas que foi engraçado foi!
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quarta-feira, junho 28, 2006

Mudanças, mudanças...

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Eu sempre meio que filtrava os assuntos que abordava nos meus blogs. Nunca postava sobre coisas mais pessoais e intimas. Até porque, na maioria das vezes, ninguém tem paciência para as minhas doideras internas, mas por outro lado, é uma ótima terapia desabafar escrevendo, mesmo que ninguém leia. Concordam? Por isso que eu estou criando esse blog aqui. Então, desde já, fique sabendo do que vou postar aqui.

Por coincidência, eu estou com a tv ligada na MTV e exatamente agora começou a passar o clipe do Cachorro Grande – Sinceramente! Essa música é bem legal e diz bastante coisa que eu me identifico.

*flashback do show do Cachorro Grande tocando essa música no Teatro de Arena*

Para começar, vou dizer uma frase que algumas pessoas mais próximas ouviram de mim esses dias: estou com uma agradável sensação de um novo ciclo recomeçando agora. Eu nunca me senti tão renovado e parecendo que tudo está começando do zero pra eu poder corrigir as coisas que errei antes. E pode crer que errei um bocado de coisa!

Pra marcar ainda mais essa sensação de mudança algumas coisas aconteceram. Coincidência denovo! Meu namoro acabou, no começo achava que isso seria uma coisa ruim, mas percebi que foi muito melhor assim e no fim das contas fiquei aliviado que isso tivesse acontecido, podia até ser antes; dei uma mudada no meu quarto e está de cara nova; terminaram de construir uma praça muito legal aqui no bairro, desde que vim morar aqui (e fazem uns 10 anos) foi a melhor coisa que fizeram e o bairro ‘tá de cara nova; na mesma semana disso tudo, minha tia e minha prima vieram morar aqui no bairro; novas amizades feitas; comecei um curso no SENAC que vai adicionar alguma coisa no meu currículo... Poderia até listar mais umas coisinhas que não têm tanta influência, mas fiquei abismado com a quantidade delas! Será tudo isso pra marcar e fazer minha cabeça (cuidado na interpretação da frase! hehehe!) que tudo está conspirando pra uma nova fase? Sei lá! Mas ‘tou gostando disso!

Mas voltando a história pra parte em que eu errei um bocado. Quem me conhece a um certo tempo e convive comigo razoavelmente, percebeu que eu mudei muito num tempo muito curto. Na verdade eu praticamente mudava de personalidade a cada mês! Num sei o porquê dessa “síndrome de camaleão”, mas isso prejudicava muito minhas relações. Poucos eram os que conseguiam me aturar e ainda menos os que me entendiam. Muitos me taxaram disso e daquilo. Muitos não entendiam o que se passava comigo, mas preferiram não tirar conclusões. Bah, acho que muita gente mudou a opinião sobre mim e caiu meu conceito pra essas pessoas. Aprendi um monte! Nossa! Acho que foi a fase de maior aprendizado na minha vida. Tanto em relação às relações pessoais, quanto a conhecer a mim mesmo.

Mas num ‘tou esperando que todas essas pessoas que eu fiz besteira, vacilei, magoei e feri leiam esse texto e mudem a opinião sobre mim automaticamente não. Quero que meus atos daqui pra frente falem por mim e assim sim minha imagem mudará. E aos que mesmo assim me veja daqui pra frente como nessa época que eu disse, um simples e sincero “foda-se!”.

É isso aí, o mundo dá voltas e as pessoas mudam. Pra melhor, pra pior... O melhor de tudo é quando das coisas ruins e dos erros você tira coisas boas e proveitosas e segue tentando melhorar.

Queria mandar abraços e beijos para certos amigos que sempre estiveram do meu lado, mesmo quando eu não parecia aquele “Rafael” que conheceram: Diego Wonka (isso aê cara!), Cris (Crisocaaaa! Minha bruxinha preferida!), Bruno (grande pessoa, grande músico, grande tchow!), Magno (quando precisar estamos aqui!), Morgana (minha “maninha” que sempre me dá conselhos ótimos e me atura!) Rayenne (minha amiga de longe, mas que está mais presente que muitos na minha vida)...

Pra terminar, como as coincidências não podem parar, ‘tá passando na MTV outro clipe que eu me identifico e escutei a música muitas vezes quando queria “explodir”, Saint Jimmi do Green Day.

Sem mais, bye!
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